Sunday, July 29, 2012

Ouvindo conversas, lendo fragmentos, observando sinais



O Automóvel e o Código da Estrada

Primeiros passeios de automóvel

Quando na criança despertam os sentidos e começa a aprender a fixar o nome das pessoas
e das coisas, o automóvel cedo lhe é familiar e conhecido.
E não é sem uma sensação de felicidade que recebe, por exemplo, a notícia de que vai dar
um passeio de automóvel, um "passeio no popó".
A esta fase segue-se a destrinça entre a camioneta e o autocarro, a furgoneta.
"Este é o carro do pai",  "Aquele é o carro do tio" e, a par das formas e das cores que distingue, bem cedo começa também a fixar as marcas.
Assim, passo a passo, vai completando e aperfeiçoando os seus conhecimentos sobre o automóvel.
Quer ir para o colo do condutor para ter a sensação de agarrar o volante e de conduzir, quer tocar a buzina para ouvir o som que ela própria obrigou a produzir, e segue-se todo aquele mundo de curiosidades e de perguntas como: “Que é isto?”, “Como se chama?”, “Para que serve?”

A paisagem e tudo quanto vê não lhe despertam tanta atenção, todo o interesse está concentrado
no “universo” do carro.
Nele se sente verdadeiramente confortável, tanto como se estivesse na sua própria casa, no berço
em que a embalam. E por se sentir embalada, a verdade é que facilmente acaba por adormecer, e profundamente.



(Do capítulo «O automóvel» da Enciclopédia Legal  - Selecções do Reader's Digest -, do ano de 1987, páginas 304 e 305)