Talvez esperando aprender alguma coisa com um exemplar raro na fauna portuguesa, salvo seja, decidi-me a fazer umas merecidas férias na Ilha da Madeira, após mais uma sempre desgastante campanha eleitoral. Então não é aqui que reina o maior «dinossauro» da vida política portuguesa? Eu nem me importo que alguns digam que eu já sou também um dinossauro da política de Eiras de Sabaio. Para mim só uma coisa conta no meio de tudo o que se diz: a nossa equipa mais uma vez saiu ganhadora, apresenta-se com o mesmo entusiasmo de sempre, aliando experiência e verdadeira juventude de espírito. E mais, até acho os dinossauros simpáticos comparados com outros répteis. Há uns de baixo perfil e língua um pouco mais afiada, que já na pré-história deviam andar aos esses para a esquerda e para a direita, tentando fazer pela vida. Mas com certeza não era qualquer dinossauro de passo calmo e certo que lhes ia dar atenção. Cada um sabe de si, e as campanhas eleitorais são o que são.
Devem ter reparado que durante o período de campanha não publiquei nada neste blog, que não se destina a fazer política. Poderia dar azo a duplas interpretações. Mas os eirenses sabem distinguir as reflexões de um cidadão como outro qualquer da instrumentalização política e, por isso, não entrando directamente no campo político-partidário, mas preferindo apenas partilhar algumas ideias e sentimentos referentes à minha actividade, mais no campo das curiosidades até, sinto-me agora com outra liberdade para falar.
A minha mulher foi mais uma vez às compras e como eu já tenho a minha conta em vinhos e licores e não estou para andar atrás de rendas e aos bordados resolvi vir para o espaço Internet do hotel, precisamente para dar conta de algumas notas pessoais que venho remoendo. É muito saudável sair do nosso reduto para reflectir e partilhar à distância com os conterrâneos, deixando assentar a poeira, arejar as ideias. Desde já, como não o fiz ainda, aproveito para saudar desde esta belíssima ilha os amigos de Eiras e de todo o Vale, ou de qualquer ponto de onde nos leiam. Por aqui, as férias estão magníficas.
Então e que assuntos me trazem junto aos computadores para me retirar da convivência com os «souvenirs» locais feitos na China (nem todos, nem todos)? São apenas espuma, mas como mos lançaram no período eleitoral em jeito de amigável provocação, aproveito a ocasião para me explicar, como quem dá seguimento à paródia. O primeiro até vem em linha com a famosa questão dos dinossauros, que serviu de introdução à crónica. Mas desta vez em formato amigável, para variar, porque essa parte não interessa e já está arrumada, visto que, como sabeis, só agora mais recentemente, e pouco amigavelmente, é que quiseram colar-me essa e alcunhar-me de fóssil.
A verdade é que já de há muito a minha «alcunha» é Presidente da Junta, só. Podem dizer o que quiserem, mas toda a gente me trata assim. Dentro e fora da freguesia, sem eu pedir nada. Aposto que se na região perguntarem pelo meu nome, Francisco Aires Marchante, muitos não saberão informar quem é. Para ter resposta unânime e sem dúvidas só têm duas hipóteses: ou o «Aires da Junta» ou pelo «Presidente da Junta». Deste modo, acho que estou baptizado. Para os que, mesmo adversários, nomeadamente de maior elevação e companheirismo, vinham ao meu encontro brincando com o que aconteceria caso perdesse as eleições, eu digo do mesmo modo, mas alto e bom som: além de não perder as eleições (mas isso é o que menos conta, entre democratas) já estou baptizado, e consagrado! Ouçam esta: o Zé Padeiro não deixou de ser o Zé Padeiro depois da reforma! E já não vende pão nem broa (sincero abraço para ele).
O outro assunto que não me preocupa, apenas me interessa como cidadão, mas que não saiu da boca de muita gente foi a grande afluência de gente nestas eleições e a perda de votos da nossa lista. Fala-se em vontade de mudança, e eu concordo. Sou o primeiro a achar que devem aparecer boas propostas alternativas, gente nova que queira trabalhar. E temos todos a agradecer quando se concretizar. Nessa altura é que tiro umas boas férias. Em vez de ir embora já amanhã até ficava mais uma semana ou duas! Nas eleições da passada semana, se posso adiantar alguma coisa, acho que muita gente estava indecisa, devido a uma campanha de desinformação que ficou patente, e depois agravou-se com um percalço que houve. Eu fui votar por volta das 15h. De facto estava muita gente, por causa das eleições e devido à festa de Santo André. Quer a sede da Junta quer a Igreja estão colocadas no centro da futura Vila, por razões históricas. E é aí que temos menos estacionamento. Não é fácil mexer de um dia para o outro nesta situação. Só há um sítio onde se pode criar mais estacionamentos junto à Junta, mas a Câmara não tem atendido aos nossos muitos ofícios enviados, e há também problemas com as autorizações e os donos do terreno. Vi muita gente aborrecida a circular longos minutos sem conseguir estacionar o carro para exercer o direito de voto. Estas coisas são mesmo assim e chegou-se a gerar alguma confusão. Foi o percalço, digamos assim. Na altura não quis estar a esclarecer as pessoas porque tinha falado do problema na campanha, e achei que não era ali o momento. Agora posso fazer também um pouco de analista e revelar que estou convencido que isto, entre outras coisas, fez com que muitos eleitores se decidissem a alterar o seu voto à boca da urna, o que é compreensível.
Mesmo assim ganhámos. Independentemente disso, se perdessemos para mim tudo seguiria na mesma, de acordo com a estima, a elevação e o respeito que a freguesia e o seu povo merecem, aceitando democraticamente e com gratidão o resultado da votação. Se alguma coisa me preocupa não são os resultados. De certeza.
Eram estas palavras de compreensão e de amizade, para aqueles que as merecem e que dela são capazes, que eu gostava de deixar à boa gente de Eiras de Sabaio e sobretudo aos muitos amigos e demais leitores deste blog, alguns dos quais me acompanharam na campanha e não tiveram ainda conhecimento disto.
Devem ter reparado que durante o período de campanha não publiquei nada neste blog, que não se destina a fazer política. Poderia dar azo a duplas interpretações. Mas os eirenses sabem distinguir as reflexões de um cidadão como outro qualquer da instrumentalização política e, por isso, não entrando directamente no campo político-partidário, mas preferindo apenas partilhar algumas ideias e sentimentos referentes à minha actividade, mais no campo das curiosidades até, sinto-me agora com outra liberdade para falar.
A minha mulher foi mais uma vez às compras e como eu já tenho a minha conta em vinhos e licores e não estou para andar atrás de rendas e aos bordados resolvi vir para o espaço Internet do hotel, precisamente para dar conta de algumas notas pessoais que venho remoendo. É muito saudável sair do nosso reduto para reflectir e partilhar à distância com os conterrâneos, deixando assentar a poeira, arejar as ideias. Desde já, como não o fiz ainda, aproveito para saudar desde esta belíssima ilha os amigos de Eiras e de todo o Vale, ou de qualquer ponto de onde nos leiam. Por aqui, as férias estão magníficas.
Então e que assuntos me trazem junto aos computadores para me retirar da convivência com os «souvenirs» locais feitos na China (nem todos, nem todos)? São apenas espuma, mas como mos lançaram no período eleitoral em jeito de amigável provocação, aproveito a ocasião para me explicar, como quem dá seguimento à paródia. O primeiro até vem em linha com a famosa questão dos dinossauros, que serviu de introdução à crónica. Mas desta vez em formato amigável, para variar, porque essa parte não interessa e já está arrumada, visto que, como sabeis, só agora mais recentemente, e pouco amigavelmente, é que quiseram colar-me essa e alcunhar-me de fóssil.
A verdade é que já de há muito a minha «alcunha» é Presidente da Junta, só. Podem dizer o que quiserem, mas toda a gente me trata assim. Dentro e fora da freguesia, sem eu pedir nada. Aposto que se na região perguntarem pelo meu nome, Francisco Aires Marchante, muitos não saberão informar quem é. Para ter resposta unânime e sem dúvidas só têm duas hipóteses: ou o «Aires da Junta» ou pelo «Presidente da Junta». Deste modo, acho que estou baptizado. Para os que, mesmo adversários, nomeadamente de maior elevação e companheirismo, vinham ao meu encontro brincando com o que aconteceria caso perdesse as eleições, eu digo do mesmo modo, mas alto e bom som: além de não perder as eleições (mas isso é o que menos conta, entre democratas) já estou baptizado, e consagrado! Ouçam esta: o Zé Padeiro não deixou de ser o Zé Padeiro depois da reforma! E já não vende pão nem broa (sincero abraço para ele).
O outro assunto que não me preocupa, apenas me interessa como cidadão, mas que não saiu da boca de muita gente foi a grande afluência de gente nestas eleições e a perda de votos da nossa lista. Fala-se em vontade de mudança, e eu concordo. Sou o primeiro a achar que devem aparecer boas propostas alternativas, gente nova que queira trabalhar. E temos todos a agradecer quando se concretizar. Nessa altura é que tiro umas boas férias. Em vez de ir embora já amanhã até ficava mais uma semana ou duas! Nas eleições da passada semana, se posso adiantar alguma coisa, acho que muita gente estava indecisa, devido a uma campanha de desinformação que ficou patente, e depois agravou-se com um percalço que houve. Eu fui votar por volta das 15h. De facto estava muita gente, por causa das eleições e devido à festa de Santo André. Quer a sede da Junta quer a Igreja estão colocadas no centro da futura Vila, por razões históricas. E é aí que temos menos estacionamento. Não é fácil mexer de um dia para o outro nesta situação. Só há um sítio onde se pode criar mais estacionamentos junto à Junta, mas a Câmara não tem atendido aos nossos muitos ofícios enviados, e há também problemas com as autorizações e os donos do terreno. Vi muita gente aborrecida a circular longos minutos sem conseguir estacionar o carro para exercer o direito de voto. Estas coisas são mesmo assim e chegou-se a gerar alguma confusão. Foi o percalço, digamos assim. Na altura não quis estar a esclarecer as pessoas porque tinha falado do problema na campanha, e achei que não era ali o momento. Agora posso fazer também um pouco de analista e revelar que estou convencido que isto, entre outras coisas, fez com que muitos eleitores se decidissem a alterar o seu voto à boca da urna, o que é compreensível.
Mesmo assim ganhámos. Independentemente disso, se perdessemos para mim tudo seguiria na mesma, de acordo com a estima, a elevação e o respeito que a freguesia e o seu povo merecem, aceitando democraticamente e com gratidão o resultado da votação. Se alguma coisa me preocupa não são os resultados. De certeza.
Eram estas palavras de compreensão e de amizade, para aqueles que as merecem e que dela são capazes, que eu gostava de deixar à boa gente de Eiras de Sabaio e sobretudo aos muitos amigos e demais leitores deste blog, alguns dos quais me acompanharam na campanha e não tiveram ainda conhecimento disto.
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