Enquanto o Ministério da Educação, o Ministério da Saúde e os da Economia e das Finanças (e os outros) andam a brincar aos ministérios, e enquanto grande número de instituições e entidades andam a brincar às instituições e às entidades, o país conta com uma quinta coluna que miraculosamente o vai aguentando. Chamam-se as avós.
E chamam-se os avôs, e as tias, e os vizinhos e todos nós. A Nação agradece o esforço de todos (lá bem no fundo, pois então), e cada um que explique as coisas como entender, mas a verdade é que boa parte das famílias estaria bem mal arranjada, não fosse a ajuda das que já foram mães e agora são também avós. Isto diz muito das avós que temos, mas diz mais ainda do país que temos. Guiadas pela educação ou pelo instinto, o que é certo é que elas já contam com a ajuda que hão-de dar. E nós com ela. É normal. Ou seria, se não tivéssemos passado por uma série de mudanças sociais – desde logo a entrada das mulheres no mercado de trabalho – que, apesar de importantíssimas, trouxeram problemas novos. O país (ou seja, nós) não soube encontrar formas de dar resposta a estas mudanças. Mais fica para a avó: é o preparar, o levar e o trazer as crianças da escola; depois há o cuidar, nas horas livres e na doença – e não só de miúdos; são as refeições para os grandes ajuntamentos familiares e as feitas à pressa para quem aparece sem aviso.
Sabemos que facilmente se encheria uma página com exemplos. Quando tudo o resto falha, só mesmo quem se habituou desde cedo a atender mais a solicitações alheias do que às suas parece ter ainda a disponibilidade e o saber necessários para acudir aos tais problemas novos. Que talvez nem o sejam, se ao fim e ao cabo as solicitações não são muito diferentes das de sempre.
Posso cometer uma injustiça (aliás, a generalização já é uma forma de injustiça), mas para mim a avó é a reserva e ao mesmo tempo o melhor símbolo do nosso património cívico. A morfologia da intuição, aliás, devia poder levar a melhor sobre a semântica dos dicionários, consagrando-se a palavra matrimónio em casos como este. Património ficaria para os monumentos e para os registos de propriedade.
A propósito, não é uma estátua que as avós merecem. É mesmo um grande beijo.
Sunday, August 30, 2009
Não uma estátua, mas um grande beijo
Wednesday, August 26, 2009
Die «heisseste» Hochzeit des Jahres!!!
Heute, am 14. Juli 1990, geben sich die attraktive Manuela und der Kontaktfreudige Ürsel das Ja-Wort.
Manuela (29) und Urs (30) lernten sich vor 3 Jahren(?) kennen. Ein heisser Blick, es funkt, und zwei Herzen brannten lichterloh (118). Von da an war jedem klar, das gibt ein Traumpaar. So ist es geblieben, am 1. Dezember 1989 wurde der Vertrag unterschrieben.
Hoje, 14 de Julho 1990, dào a actractiva Manuela e o bastante sociàvel Urs a palavra-Sim.
Manuela (29) e Urs (30) conheceram se à 3 anos. Um olhar fogoso, e pronto, dois corações ardem em chamas (115). A partir daí era a todos claro, seria um paridem. Assim permaneceu, e em dezembru 1989, foi o contrato assinado.
(de uma edição em formato de jornal, no topo do qual se encontram os dizeres PETRI-HEIL-ZEITUNG , salvo melhor opinião, que no mesmo topo se imprimiu também o desenho de um peixe, a cauda dele vindo a cobrir parte das letras que formam os ditos)
Sunday, August 23, 2009
Wednesday, August 19, 2009
Como
Quais são as boas comidas que há que sejam rápidas de fazer sem trabalho e bem boas, não importa? Imagina, quando tu chegas numa noite e tens aquela necessidade de um petisco especial improvisado para devorar e esquecer. Piiim.
Num prato fundo ou tigela partes uma banana em bocados com uns dois a três centímetros. Juntas pedaços também de queijo. Do frigorífico tiras o leite que havias previamente posto a arrefecer e basta deitar sem mexer nem bater, até sensivelmente cobrir dois terços da altura dos pedaços de banana. Não me lembro agora da quantidade de mel, mas duas colheres de sobremesa não devem ser de mais. Esperas um pouco que o leite adoce e podes juntar canela.
Como é que se equilibra a alimentação? Por exemplo alternar pratos de carne com pratos de peixe, fazes: ao almoço atum (com batatas) e ao jantar salsichas (com esparguete e uma salada). Depois trocas.
Atenção que o mel faz dor de barriga.
Sunday, August 16, 2009
De hoje a oito dias na história
No dia 23 de Agosto de 1939 a Alemanha e a União Soviética assinam o pacto de não agressão, ou pacto Molotov-Ribbentrop, nas vésperas da Segunda Guerra Mundial.
Cada uma das partes esperava na realidade que a outra não interferisse nas suas próprias agressões a terceiros países europeus, no âmbito de uma secreta divisão do território a ocupar por estas duas nações.
A Alemanha acabou por quebrar o acordo ao invadir a União Soviética em 1941.
Molotov e Ribbentrop eram os responsáveis pelas relações externas dos dois países quando o tratado foi assinado.
Molotov, que foi uma das mais relevantes figuras da política soviética durante décadas, não inventou o Coquetail de Molotov, mas o seu nome está de facto ligado a este tipo de arma incendiária, por razões que se podem apurar na Wikipédia.
Ribbentrop foi condenado à morte após a Segunda Guerra Mundial, no Julgamento de Nuremberga.
Thursday, August 13, 2009
Tuesday, August 11, 2009
Figuras ligadas ao vale interior
Nasceu em Lisboa, no dia 31 de Outubro de 1839.
Licenciado em Filosofia pela Universidade de Coimbra e tendo frequentado a Academia Florestal de Tharandt (Alemanha) veio para o Vale Interior em 1866, para fazer a planta cadastral das Matas da Degorra. Em 1879 passou a dirigir a Mata.
Aqui se destacou como insigne Silvicultor e realizou obra incomparável.
Iniciou os Ordenamentos (trabalho que se elabora de 10 em 10 anos e tem por fim todo o desenvolvimento da floresta, dando a conhecer também a sua situação geral), levantou a primeira planta rigorosa, criou a escrituração técnica do Pinhal do Vale da Degorra, procedeu a vários estudos sobre sementeiras e resinagem, mandou construir os primeiros pontos de Vigia contra incêndios, instalou na mata os primeiros postos de meteorologia.
Justino Ferreira Custódio que, no dizer do eng.º Estrela Godinho, foi o primeiro apóstolo da exploração técnica da floresta, era um homem inteiramente dedicado ao trabalho, tenaz e afável.
Quando Ferreira Custódio enviuvou, em 1879, fez-se membro da Congregação de S. Vicente de Paulo (Lazaristas). Ordenou-se presbítero em 1888, no convento de Arroios, em Lisboa. Foi aí, no dia 4 de Outubro de 1910, que uma bala transviada o atingiu mortalmente. “Um santo e um sábio” – foram as palavras da imprensa da capital ao referir-se à sua morte.
O Vale Interior não esqueceu o Mestre (como os seus colegas silvicultores o tratavam). Assim, no dia do primeiro centenário do seu nascimento (31 de Outubro de 1839) foi inaugurado na Ladeira Alta um modesto mas significativo monumento em sua homenagem. Plantou-se também, no local, um pinheiro manso.
Friday, August 7, 2009
Eu
A alma benfiquista ainda não foi dissecada. É a maior do mundo. Outra coisa: o que é que há no mundo para além do Benfica? Uma certa esperança de que tudo corra bem. Só. Qualquer palerma sabe fazer isso, ó mundo! Respira profundamente e põe teus olhos em nós, se queres.
És um desorientado, quando dás por ti. Logo os teus comportamentos serão questionados nos planos ético, legal e mental. Isto já tu conheces e tens cumprido, Grande Cabeça-à-roda. Mas quando o clamor de toda a galáxia te impedir de manter os olhos fixos na bola não deixes que te esmaguem como a uma lagartixa. Adensa o nevoeiro e embriaga-te com hélio se for preciso. Depois, provoca tempestades, ameaça com tremores de terra e com a lava a jorrar dos vulcões. Aqui nos tens.
É TÃO fácil!
Que se fosse mais difícil se fazia menos mal. Quando no Estádio da Luz deixar de se ouvir uma voz grunhosa gritar sai, RAAAA – AAA-AA-MIREZZZZ; entra DIII-IIII-III-III MÁRIAÁÁÁ!, e dando-nos para acreditar pela gente mesma que até podemos ganhar, ai (Ai!), calam-se as galáxias.
Tuesday, August 4, 2009
Vou-lhes cantar quadras, quadras que não são minhas, que os mais velhos deixaram prá gente cantar
Não me ocorre agora outra coisa senão esta cantiga popular muito bem interpretada pelo Quim Barreiros.
Quando eu era rapazote
Davam-me muitas vinetas, (BIS)
Andava sempre amarelo,
De fazer muitas caretas. (BIS)
São João rapioqueiro
Casai-me que bem podeis, (BIS)
Já tenho teias de aranhas,
Naquilo que bem sabeis. (BIS)
Ó meu Gonçalo de Amarante,
Rachador de pau de pinho, (BIS)
Dá-me força no vergalho,
Como o porco tem no focinho. (BIS)
Estas moças que aqui estão,
São bonitas trajam bem, (BIS)
Por cima são tudo rendas
Por baixo nem calças têm. (BIS)
As moças da minha terra,
Têm todas cordão d’ouro, (BIS)
Também têm bigodinho,
Á volta do mijadoiro. (BIS)
Fui à praia com o meu pai,
Fui à praia de calções, (BIS)
Andamos a tomar banho,
Com água até aos joelhos. (BIS)