Uma rapariga (Tânia), para fugir do mundo triste em que vive, casa e faz um filho com o seu homem. O menino ilumina todo o horizonte de felicidade na sua cabeça. Porque assim o determina a natureza, as mães fazem dos filhos a variável controlável da sua vida, ainda que tal não passe de ilusão. As raparigas fragilizadas, como Tânia, são muitas vezes as que mais anseiam por um filho.
O filho de Tânia começa a falar com um ano de idade e diz mãe. Mas com o passar do tempo a alegria dos primeiros chamamentos vai como que diminuindo. A sorte da felicidade da mãe é um peso que ele não pode suportar, e, por isso, foge para outro país. É quase um homem, já pode trabalhar. Junta-se a um grupo no café, à noite, e vêem futebol.
Metade daqueles homens conhecia alguém que morreu de acidente, nas constantes viagens de ida e volta.
Passam-se décadas até que um descendente dos que nunca mais voltaram aprenda a tocar piano. Era só o que lhe faltava e, no entanto, não é especialmente feliz. Mas não se suicida, ou coisa parecida. Dorme mal às vezes, vá.
O filho de Tânia começa a falar com um ano de idade e diz mãe. Mas com o passar do tempo a alegria dos primeiros chamamentos vai como que diminuindo. A sorte da felicidade da mãe é um peso que ele não pode suportar, e, por isso, foge para outro país. É quase um homem, já pode trabalhar. Junta-se a um grupo no café, à noite, e vêem futebol.
Metade daqueles homens conhecia alguém que morreu de acidente, nas constantes viagens de ida e volta.
Passam-se décadas até que um descendente dos que nunca mais voltaram aprenda a tocar piano. Era só o que lhe faltava e, no entanto, não é especialmente feliz. Mas não se suicida, ou coisa parecida. Dorme mal às vezes, vá.
4 comments:
complexo de edipo? trabalhadores da construção civil? músico pimba? :DDDD epá n adivinho!
Talvez um pouco de tudo. É uma histórinha, quase uma anedota, como aquela: 'iam dois indivíduos de moto. Tiveram um acidente, o da frente morreu e o de trás chamava-se Zé'.
Talvez pretenda apenas dizer: a vida é uma tragédia, mas vamos andando.
Gostei mesmo muito deste post e esse final desconcertante foi o auge.
Continuem o bom trabalho. Já coloquei o vosso link no meu blog ;)
Beijinhos**
Obrigado pelas palavras simpáticas ( e imerecidas).
Vou tentar continuar a mandar postais, só para não ficarem na gaveta sem destino.
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